segunda-feira, 5 de março de 2012

Violeta




Chamava-se Violeta, nasceu num dia em que eu e a minha irmã, estavamos ansiosas à espera dela, estávamos presentes quando a sua mãe a deu à luz. Era tão pequenina e emitia uns sons tão característicos que nos apaixonamos pela nossa nova cadelinha. Parecia ter orelhinhas de borracha, pois eram tão pequeninas e lisas que pareciam feitas de borracha. Tinha o pêlo malhado de preto e branco e desde cedo mostrou ter uma grande presença, uma personalidade forte, apesar do seu porte pequeno.
Tinha a energia de uma cadela bebé, sempre a brincar e a estragar coisas, como é habitual, e cresceu feliz com a sua mãe e os seus donos que a amavam muito.
Eu e a minha irmã gostavamos muito de a provocar, pois ela ao mínimo toque gostava de rosnar para nós, mas era essa personalidade que a fazia ser especial.
Um dia vínhamos a chegar a casa de carro, ela e o outros cães vieram-nos receber, ladrando de contentamento, mas infelizmente ela era tão pequena que sem querer o meu pai a atropelou e ela morreu! Foi tão triste essa noite que eu e a minha irmã choramos a noite inteira pela morte da nossa Violeta, ela era mesmo especial, diferente de todos os cães dóceis que tínhamos tido até então, e por isso gostávamos ainda mais dela.
Esta história serve para reflectirmos sobre outros assuntos na nossa vida tais como as relações amorosas e todos os outros aspectos da nossa vida.
Engraçado como nós gostamos muito mais do que nos dá luta do que o que nos é “fácil”, damos mais valor ao que é difícil de conquistar. Tudo o que é um desafio é algo emocionante e que nos incentiva a ir mais longe.
Assim são as relações amorosas, tudo que não tem emoções e desafios não tem qualquer piada, tudo o que é previsível é demasiado chato.
Metam picante nas vossas vidas porque sem sal e pimenta é tudo muito insonso e não deixa lembranças.

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