terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Surpresas da vida

Hoje de manhã quando estava à espera de apanhar o transporte para Lisboa assisti a uma cena horrível que me fez pensar em muitas coisas.
Estava lá um senhor aí de uns 70 anos  quando derrepente sentiu uma dor forte, gritou alto e caiu ao chão com o corpo a tremer. Deve ter sido um ataque cardíaco ou um enfarte, foi logo assistido por outras pessoas que presenciaram a cena e que ligaram para o serviço de emergência para o socorrer. Naquele espaço de tempo que pareceu-me uma eternidade, as pessoas tentavam fazer o melhor que podiam para socorrer o senhor, desde colheres na boca para ele não se morder, a virarem-lhe o corpo etc... Sei que eu estava aflita cheia de vontade de chorar sem ouvir sequer uma sirene de uma ambulância. O transporte chegou e todos seguiram o seu caminho. Provavelmente nunca chegarei a saber se o senhor foi socorrido a tempo ou se o tempo dele de vida tinha chegado ao fim.
Nunca sabemos o que nos pode acontecer quando nos levantamos da cama para mais um dia da nossa vida, por isso devemos fazer de tudo para podermos viver o melhor possível, ser pessoas melhores e principalmente ajudar-nos a nós mesmos, seguindo os nossos sonhos, as nossas vontades e nunca desistir de tentarmos ser felizes ou atingirmos a paz interior.
Nascemos e morremos sozinhos, é conosco que temos que viver a vida inteira, os outros entram e saem da nossa vida para nos ensinar sempre qualquer coisa mas no final somos unicamente sós. Porque é que nos sujeitamos às vontades dos outros e não seguimos as nossas próprias vontades? Porque deixamos de fazer o que gostamos ou sentimos em prol das vontades dos outros? Estamos a magoar alguém ou a nós próprios?
Será que aquele senhor teve essa noção? Será que ele viveu para satisfazer a sua vida ou será que viveu para satisfazer a vida de outrém? Sabemos que temos muitas pessoas importantes nas nossas vidas às quais devemos prestar atenção, dar amor e outras que despertam em nós sentimentos de raiva, ciume e até odio. Pois bem todas essas pessoas são importantes nas nossas vidas, mas o mais importante da nossa vida somos nós mesmos.
Vamos pensar mais em nós e fazer o nosso bem para poder dar aos outros o nosso melhor.
Se não gostarmos de nós, quem gostará?

3 comentários:

  1. Não deve ter sido fácil presenciar essa situação tão triste. Confiemos em nós mesmos. Tudo de bom para si.

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  2. Obrigado Antonio, foi mesmo muito aflitivo. Tudo de bom para o Antonio também

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  3. Á medida que vou lendo o teu blog, percebo as semelhanças... são as coisas que espelhamos e que sem percebermos faz com que sintamos empatia por determinadas pessoas!!
    Sabes, que sobretudo depois de que inicei a bio, muitas vezes quando fico aflita, e não sei se o que escolhi tá certo penso, e se eu morresse amanhã, gostava que estes momentos fossem o que vivesse hoje?
    Isto ajuda-me a ter a certeza, que o que faço é o melhor para mim, mesmo que doa aos outros, mesmo que me doa a mim por doer aos outros!!

    Beijo grande

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